sábado, abril 02, 2011

A grande caverna

Muitas vezes me sinto sozinha e com medo. Pronto falei.

Porque até a Mulher Maravilha tem seus momentos. Vai me dizer que a deusa Atena ou uma das Valquírias nunca se sentiu sozinha, acoada e com medo?!?!?!?!?!?!

Isso acontece e quando acontece, me sinto como se fosse perder o ar e ser engolida pelo infinito. Engraçado, parece que quanto maior a sua força, maior sua faqueza também.
Tudo bem, ao longo da vida uma mulher aprende a reprimir seu choro,seu ódio, seu tesão, seus vícios, sua solidão. isso é pecado?

Por algum tempo gostaria que alguém jogasse a corda e me tirasse de lá, mas com o tempo, com meu corpo quase todo engolido, percebo que mais uma vez serei eu a responsável por me salvar.
Em meus cantos sigo cantarolando minhas músicas, sonhando meus sonhos, temendo meus medos e amando sozinha. Continuo caminhando, fazendo meu caminho, fazendo minhas curvas... continuo meu caminho.

As pessoas  passam por mim, eu as vejo superficialmente e elas vêm somente a sombra do que sou.
Ouço a música ela mente pra mim e eu acredito. Vejo as luzes dos carros e elas me confundem. Estou confusa. Continuo meu caminho.

Alguém se aproxima, fico forte e  estou pronta para lutar com ela. Então ela passa por mim e continua seu caminho.
Penso na vida. Corro, corro e tudo que sai de mim é suor. As lembranças ficam, a solidão fica,  o amor fica e eu também fico.

Continuo meu caminho e a estrada é longa e onde está você? 

RUN, DONNA MARIA, RUN.

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