sexta-feira, abril 29, 2011

sabe aqueles dias em que tudo que quer é morfina para ajudar a passar seus dias?

tá, admito.....hoje estou triste e chorosa.

as vezes fica difícil mais uma vez se levantar e continuar.

quinta-feira, abril 28, 2011

Mrs. Jones em: sonhos, sabotagem e chiclete.



Uma linda tarde “Vanila Sky” indicava o fim do dia e Mrs. Jones atestava seu talento para a auto sabotagem. Sim, Mrs. Jones mais uma vez havia ignorado sua dieta número 9825 porque certamente aquele arroz e feijão com picadinho era muito melhor do que aquela banana picada com ração humana. Afinal, para que colocar um nome horrível em uma coisa com gosto horrível?

Adendo 1: sobre nome feio e sabor ruim.
Você já parou para pensar que tudo que é horrível tem um nome tão ruim quanto? Perceba: quiabo, ração humana, pimentão, abóbora, buchada, fígado, ervilhas etc. Agora compare com o nome das coisas gostosas: brigadeiro, Cheeseburguer, lasanha, pizza, coca- cola. O universo
sempre conspira.

Mrs. Jones não havia sabotado apenas sua dieta número 934287, havia sabotado também o seu trabalho. Aquelas onze milhões de provas e trabalhos para corrigir se multiplicavam como “gremlins” numa tempestade de verão paulistana. Sua falta de motivação era sua maior motivação para a arte de protelar com louvor. Poderia escrever uma tese de doutorado (que, aliás, levaria anos) ensinando como protelar com sabedoria! Entre outras sabotagens, havia faltado mais uma vez na academia o que a deprimia somente por 15 minutos. Contudo sua maior sabotagem era o uso indevido do marido, também conhecido como Cartão de Crédito.
Mrs. Jones passou horas se perguntando por que comprou mais uma vez uma coisa que não necessitava. Em dois segundos precisos concluiu, o que era muito simples, “não necessitava, mas desejava”. Maldito Capitalismo! Culpou Adam Smith, Tio Sam e até mesmo Oliver Cromwell. Era tudo culpa das revoluções burguesas. Seu saldo negativo certamente era culpa do alucinante consumismo injetado nas veias do terceiro mundo tupiniquim pelas seringas estadunidenses. Pensou em virar comunista, hippie e até mesmo monja, mas essa ideia também fora sabotada há alguns anos quando ainda pensava em mudar o mundo. Ela era mais proteladora do que revolucionária. Pobre Mrs. Jones, deveria concordar com pelo menos um precursor do capitalismo Liberal, John Locke que sempre dizia para suas filhas: “o homem é o lobo do homem”. O “tiozão Locke” tinha razão, maldito iluminista.
Seguindo seus pensamentos, Mrs. Jones se deprimiu quando parou de se enganar e concluiu que toda culpa era sua mesmo, afinal a escolha era sua. Por um minuto soube que esse papinho de escolha deveria ser uma forma dos caras capitalistas se eximirem de toda culpa da desgraça humana, o desejo. Todavia, largou a filosofia marxista e mergulhou na escolástica medieval propagada pelo clubinho dos papas, começou um momento auto - culpa e se castigou tomando purgantes. A noite não seria tão bela quanto o céu lilás e brilhante (vanilla-sky) daquela tarde de outono, se é que vocês entendem?
Pior que se auto culpar pelas próprias escolhas imbecis que fazia, era pensar. O pensar pode se tornar venenoso quando bem usado e pensar a consumia de tal forma que recorreu a Billie South, um dos únicos amigos da “old school” com quem Mrs. Jones dividia seus pensamentos. Seus encontros eram tragicômicos, especialmente porque os dois juntos criaram um reino “diárquico” onde ambos se coroaram “Drama queen e Drama king”.
No entanto, naquela conversa de quinze minutos com Billie, Mrs. Jones havia “se ligado” de coisas que um ano de terapia e muitos reais não a fariam ver.

Adendo 2: sobre amigos verdadeiros.
Amigos verdadeiros são assim: riem de sua desgraça, compram bebidas baratas para você. Eles também costumam pedir coisas emprestadas e devolvem anos depois com o próprio nome escrito. Eles aparecem e somem ao mesmo tempo. Nunca estão por perto quando precisa. Eles não hesitam em abrir sua geladeira, usar seu desodorante ou perfume importado. Mas quando te encontram, bastam quinze minutos para te colocar pra cima, sabe por quê? Porque os verdadeiros amigos falam a verdade de forma simples sem ofender. Falam o que
você verdadeiramente é, não competem com você e o mais importante, não te julgam quando mais uma vez fez a escolha errada. Amigo, na opinião de Mrs. Jones, era algo como tomar um porre de vinho, cerveja e saquê comendo sashimi e tomar chuva no verão. A desgraça e a felicidade ao mesmo tempo. Um verdadeiro paradoxo. “Forever Best Friends” era para os fracos.Obs. Guardar drogas para o suposto amigo, ajudar a esconder um corpo, mentir no tribunal, dirigir bêbado, ir em baile funk ou show de pagode, samba, sertanejo, forró e qualquer outra coisa que termine com “universitário”, eram referências de total uso indevido da amizade. Mas apanhar de pessoas maiores e mais fortes juntos ou correr dessas mesmas pessoas estava permitido.



Continuando...
O que Billy South havia dito era simples. Apenas uma pergunta quebrou Jones em mil pedaços. Ele disse:
_Até quando Mrs. Jones vai continuar se sabotando?
Mrs. Jones pensou consigo mesma, “Até quando meu Deus?” Engraçado a repercussão em seu cérebro.
Billie South continuou:
_O que é mais importante para você, seus desejos momentâneos ou seus sonhos? Seus desejos capitalistas te satisfazem por quanto tempo? Por alguns minutos? Quando dará espaço para seus sonhos se realizarem? Os desejos de sua alma importam para você? O que de fato é você Mrs. Jones? A derrota ou a vitória? Você não precisa ser a melhor sempre, precisa apenas ser você! Acredite a vida se torna mais segura quando você não tenta ser outra pessoa.
Em pensamento Mrs. Jones acrescentou que na vida também era seguro nunca mais repicar a franja ou usar alisantes em seus cabelos. O mundo era da escova inteligente.
Enfim, Mrs. Jones havia aprendido algo naquele dia, aprendeu o valor de uma escolha. Aprendeu que seus sonhos não saem da rota principal, é ela que sai da rota toda vez que compra algo que deseja e não necessita. É ela que perde o foco toda vez que come algo maravilhoso e cheio de caloria que não faz bem ao seu corpo. É ela que anda para trás toda vez que protelar é mais importante que executar. Entre outras lições Mrs. Jones aprendeu que é impagável dividir uma coca- cola e um chiclete com Billy South.
_ Billy, quanto você tem no bolso?
_ algumas moedas, deixe-me contar;
Segundos depois South respondeu:
_Eu tenho ao todo dois reais e você?
_ Eu tenho um real. Respondeu Mrs. Jones.
_ Ótimo, da para comprar uma coca- cola e um chiclete.
Então, simultaneamente responderam um ao outro:
Perfeito.
Dividiram o chiclete. Tomaram a coca-cola e cada um seguiu seu o caminho.


sexta-feira, abril 22, 2011

Sobre Meninos e Lobas. Um conto de fada para maiores de trinta.

Pagu mais um vez foi ao cinema sozinha, comprou sua pipoca seu guaraná e entre a pipoca e seu refrigerante e entrou na grande sala escura. Sentiu frio e lembrou-se que não trouxe casaco. Sentou-se pela milésima vez na sua poltrona preferida, K6. É ali que ela sempre está.

Entre um trailer e outro, lhe chamou atenção o "revival" dos contos de fadas. Na onda do remake, ja reviveram Jason, Freed, John Miller que a porpósito a faziam rir "pra caramba". O que aos 12 anos lhe tiravam o sono agora a faziam se mijar de rir. Pagu adora trash. Também haviam feito quase tudo em super heroi. O Foda é que faltava a Mulher Maravilha que após Linda Carter nos 70 nunca mais foi vista (talvez estivesse retocando o botox por ai. (frase estúpide cheia de clichês e previsível, mas usei mesmo assim.)

O que lhe chamara a atenção desta vez, foi a história da pequena Chapeuzinho Vermelho, Red Rind.Bem.... Pagu nunca viu graça numa mina que ao desobedecer a mamãe foi comida pelo Mr. Lobo Mau que aliás também comeu a vovózinha. Na história de "Red", não aparecia príncipe encantado, nem sapo amaldiçoado. Pobre Red.... deve ter sido a única solteirona dos contos de fada, ou de repente, virou bivolt* e anda dando choque por ai.
Pagu refletiu sobre isso e teve uma ideia óbvia, tão óbvia que chegava a ser estúpida.

"hahahahahahahahaha,se Pedro Bandeira escreveu sobre a vida das belas donzelas (O mistério da feiurinha) após o casório com seus respectivos príncipes,Pagu escreveria sobre as princesinhas balzaquianas."

Esqueça tudo que você já ouviu sobre princesinhas frágeis ou rainhas chatas reclamando da vida. Esqueça os sapos, os príncipes, anões e a bruxa má.E aguardem..... vem ai a mais nova heroína dos contos de fada.

A princeinha foi enganada pelo princípe encantado e divorciou-se.Foi embora da aldeia, emagreceu, pintou o cabelo passou a usar sapatos de outra marca (a marca "de Cristal" era absolutamente fora de moda).Deu a volta por cima tomou o mercado de trabalho do Lobo Mau, fez amizade com a Bruxa Má, jogou todo lixo que os antigos Sapos lhe deram.Pôs a Rainha Má para correr e o melhor de tudo, quiz conhecer o outro lado dos contos, quis saber tudo sobre o universo do "Jãozinho". Sim esses MENINOS pobres e sempre esquecidos nas história podiam render uma bela história.

Então Aguardem:

"Essa NÃO é uma história sobre princesas, sapos e o Lobo Mau,essa é uma história sobre a Loba e o Joãozinho."

"Sobre Meninos e Lobas" - o primeiro grande conto de Pagu.

Ora, ora....o primeiro "Conto de fadas" para mulheres maiores de 30"....

_ Que olhos grandes você tem?
_ Sao para de "sacar" melhor, respondeu a Loba.

_ Que peitos grandes você tem....

---------censurado---------------
"Quem tem medo da Loba Má?"

sexta-feira, abril 15, 2011

Bacana, o menino.

Pagu estava cansada de um dia estressante em seu trabalho. O mundo parecia mais confuso que antes. Um maluco palestrante havia atirado em várias crianças em uma escola da “então cidade maravilhosa”. Chocante a forma como alguns humanos expressam sua raiva do mundo. Para Pagu, a raiva era inspiração para uma poesia, a mágoa poderia ser facilmente convertida em composições inacabadas ou textos nunca lidos... era assim que Pagu entendia que poderia se livrar de seus problemas com a sociedade. Pagu só não sabia como se livrar da saudade daquele menino.

Aquele menino havia deixado marcas que o tempo jamais apagaria.

Por problemas com a justiça (Pagu não quer ser processada) e com a moral e os bons costumes, ela prefere chamar aquele menino de Bacana. Sim, como aquele menino Jonas Bloch- naquele seriado Armação Ilimitada – a Malhação dos anos 80.

Bacana chegou na vida de Pagu como um raio, aqueles que fazem o céu negro clarear inteiro. Era possível acontecer algo de novo naquele coração surrado e desacreditado de Pagu?
Bacana se aproximou devagar, observando,e jogando conversa fora. Falaram sobre a vida, rock and roll e filmes. Ouviram milhares de músicas, filosofaram e riram muito de vídeos engraçados no youtube. Passaram a compartilhar momentos agradáveis e conquistaram algumas metas juntas. Certa vez, Pagu cansada de tentar e não conseguir foi surpreendida por Bacana. Sentada na calçada prestes a desistir ele, o Bacana lhe estendera a mão dizendo: “desistir é tão deprimente!”
Pagu até hoje não sabe explicar, mas quando Bacana lhe estendeu a mão, sabia que se segurasse a mão de Bacana teria que sustentar uma revolução em sua vida. Pagu não sabe explicar por que, mas a partir daquele dia, ela entendeu que não existe razão nas coisas feitas pelo coração e Eros havia mais uma vez sacaneado com aquele pobre coração cheio de remendos. Mais uma vez as borboletas haviam retornado ao estômago de Pagu.

Viveram felizes naquele universozinho criados por eles. Pagu e Bacana eram felizes. Se encontravam todos os dias para beijos calientes, conversa boa, piadinhas infâmes e muita risada. Pagu só conhecia duas pessoas que a faziam rir com os olhos. Bacana era uma dessas duas pessoas.
Certa vez, em um encontro, Pagu e Bacana comemoraram 2 meses juntos. Ali detonaram muitos pães de queijo e uma torta de morango maravilhosa. Ah como riram e fizeram promessas que só quem ama pode entender a insanidade e inocência das promessas.

Pagu estava assustada com Bacana, ele era só um menino que havia estremecido seus pilares de mulher virtuosa para a sociedade. Ele era tudo de errado, criminoso e insano que poderia acontecer em sua vida. Ele era tudo o que Pagu queria, Era tudo o que Pagu precisava para voltar a acreditar no amor.
Pagu estava louca, louca, louca. Aquilo tudo não ia acabar bem. Pagu havia feito uma lista de todas as vezes que havia se metido em enrascadas. Ponderou os prós e os contras e decidiu: Bacana faria parte de sua vida.
Mas nem tudo são flores, muitas vezes na vida é necessário pegar as armas e sustentar a revolução, a mudança que deseja fazer em sua vida. Pagu, revolucionária como sempre, havia entrado mais uma vez no pior campo de batalha que existe, o amor e desde o maldito dia que decidiu amar também passou a sentir saudades e sofrer.

Bacana foi embora.

Mas não disse Adeus, logo...... havia uma chance. Era preciso paciência.

Caro bacana, onde quer que esteja, essa música é pra você. “ Nossa hora vai chegar, se você acredita eu também acredito”.

quinta-feira, abril 07, 2011

16 + 16 = 32.

>Quando eu tinha dezesseis anos, havia passado somente dois anos da queda do então ex- presidente da república tupiniquim do Brasil, o senhor Fernando Collor de Melo. Eu havia participado de alguns protesto dos “caras-pintada”. Imagine só que naquela época era perfeitamente normal um ser humano de treze anos sair sem autorização, assinada pelos pais e reconhecida em cartório participar de um protesto de âmbito internacional - porém com influência total da Rede Globo. Confesso que achei que iam jogar a polícia montada em cima da gente, e eu sairia cantado “ Caminhando e cantando seguindo a canção” ou qualquer outra música do Caetano Veloso, Gilberto Gil ou Elis Regina. Com um olhar de indignação e mãos empunhadas eu bateria de frente com policiais militares com seus cassetetes e balas de borracha. Eu tinha visto tudo isso nos seriados da Globo, “Anos Dourados” e “Anos Rebeldes”, e estava crente que tudo aquilo aconteceria naquele dia em que a diretora da escola nos dispensou para então participarmos do movimento. Eu fui contente e feliz, oh! Eu estava participando ativamente de um capítulo da história do meu país. E o pobre do meu país merecia cada ato de patriotismo meu, afinal, o meu país me dava livros e merenda escolar e eu queria cantar Gilberto Gil na rua.
Aquela gente toda se aglomerou na praça central da cidade, e ali, aos treze nos “dei de cara” com a realidade. Não havia Gilberto Gil, tampouco Elis Regina. Onde estava a cavalaria e a violência descrita pela banda Titãs naquela música “polícia para que precisa polícia para quem precisa de polícia”?. Ah não, que isso? Onde eu vim parar? E porque essas pessoas todas estão bebendo se beijando e não gritado “FORA COLLOR”? E... Não acredito, ao invés de tocar Gil, Caetano e Elis, estão tocando Guns and Roses? Naquele momento eu tive uma visão, “esse pais tá perdido” música estrangeira em um movimento nacional?
Três anos se passaram e com dezesseis anos, eu já era fã de Guns and Roses, detestava Gil, Caetano, apreciava ainda algo da Elis. Já não era assim tão patriota e queria mais do que nunca ter dezoito anos e enfim LIBERDADE. Com dezesseis anos havia terminado um namoro com um menino que eu tinha certeza que seria o único amor da minha vida toda. Eu pensava em me casar com ele e morar num “puxadinho” nos fundos da casa dos pais dele. Com dezesseis anos eu convencia minha mãe o quanto era terrível para minha vida social e sanidade mental ela não me deixar sair e ir ao shopping com meus amigos. Com dezesseis anos eu realmente achava que eu era a menina mais gorda da turma, a mais feia e a mais rejeitada por todos os meninos gatinhos que eu conhecia. Com dezesseis anos eu achava que o homem perfeito era praticamente um príncipe encantado, ele teria o rosto do Tom Cruise, o corpo do Silvester Stallone, os olhos do Rob Lowe, a rebeldia do Axel Rose e cantaria para mim “Never say goodbye” igualzinho ao Bon Jovi. Com dezesseis anos eu realmente me perguntava por que todo mundo me perseguia, seria uma conspiração para acabar com o meu sossego? Seria uma forma conveniente de me anular socialmente? Porque esses meninos só falam em sexo? Porque meus país acham que sou escrava deles? Quem foi o retardado que inventou a escola, a Matemática, a Física e a Química? E que “raio” é esse de orações coordenativas? Até parece que alguém fica pensando nisso quando vai falar. Porque eu tenho que saber isso? E porque a escola tem que enviar para minha mãe essas convocações de reunião? Só porque eu estou pela milésima vez de recuperação em Matemática, Física, Química e Desenho Geométrico?
A vida perfeita para mim era comer, beber e dormir bem, eu queria ser a VASP (vagabundos anônimos sustentados pelos pais) perfeita, ter mesada e sair e chegar a hora que eu bem entendesse. Poderia ficar um fim de semana inteiro acordada que segunda-feira chegando na segunda aula tudo estaria resolvido.
Os anos se passaram, especificamente dezesseis anos e cá estou rindo de minha doce inocência. Durante esses dezesseis anos, conheci pelo menos cinco homens que foram o “único grande amor da minha vida”. Passei por um casamento, um divórcio e às vezes passo horas preenchendo bilhetes de reunião para os pais dos meus alunos. Incrível como o futuro é criminoso. Eu que já fui uma aluna terrível, agora odeio, digo ensino alunos terríveis.
Sobre os meninos de trinta e poucos anos, bem, para minha surpresa eles continuam exatamente iguais, só pensam em sexo. E sobre eu me achar a menina mais gorda e feia do grupo, bem hoje sou a mulher mais gorda do grupo de amigas, porém me acho a mais bonita de todas - essa opinião foi resultado de anos de terapia. Sabe aquela máxima que diz algo do tipo, “eu era feliz e não sabia” ou eu era “magro e não sabia”? Pois bem, é muito verdade. Atualmente, se eu ficar um fim de semana inteiro sem dormir provavelmente ficarei doente, irritada e mal humorada. Mas o mais interessante, é que hoje me conformei que não existem príncipes com o rosto do Tom, olhos do Rob e rebeldes como Axel, a propósito o próprio Axel Rose está mais civilizado, e também nunca ninguém vai cantar “Never say goodbye” igual ao Bon Jovi pra mim, a não ser que ele queira ...
Dezesseis anos se passaram, e tudo que aprendi é que vale a pena sonhar, sonhar alto mesmo, porque sonhar te mantém vivo, acordado. Também aprendi que vale a pena estudar, ler bons livros e saber um pouco de Química e Física caso você precise limpar o seu banheiro e saber que não se deve misturar cloro com outros produtos de limpeza, a intoxicação é terrível. Agora eu acredito na importância do saber matemática para não se meter em encrencas com o cartão de crédito e o cheque especial. Também aprendi a respeitar a opinião de todos a minha volta e não discutir a cor do cabelo perfeita. Aprendi que depilação dói demais e que pelos existem somente para gerar emprego. Aprendi que meus pais economizaram “pra caramba” me tornando a escrava deles. Aprendi que a pessoa certa ao meu lado me faz acreditar no que sou, e a pessoa errada ao meu lado me faz acreditar naquilo que eu não sou. Aprendi realmente que a vida é uma caixinha de surpresas e que o inesperado sempre acontece e o esperado nunca acontece! Aprendi a dar valor a pequenas coisas como um pedaço de peito de frango grelhado com salada de chuchu. Aprendi que o amor da minha vida é bem diferente do homem da minha vida. Compreendi que nunca devemos esperar de uma pessoa aquilo que ela não pode dar. Aprendi que todo “menino” é um homem quando quer e que todo homem é um “menino” escondido numa capa de super homem. E o mais irônico da vida, é que só terei certeza mesmo de tudo que escrevi cinco minutos antes de morrer. FIM.

sábado, abril 02, 2011

A grande caverna

Muitas vezes me sinto sozinha e com medo. Pronto falei.

Porque até a Mulher Maravilha tem seus momentos. Vai me dizer que a deusa Atena ou uma das Valquírias nunca se sentiu sozinha, acoada e com medo?!?!?!?!?!?!

Isso acontece e quando acontece, me sinto como se fosse perder o ar e ser engolida pelo infinito. Engraçado, parece que quanto maior a sua força, maior sua faqueza também.
Tudo bem, ao longo da vida uma mulher aprende a reprimir seu choro,seu ódio, seu tesão, seus vícios, sua solidão. isso é pecado?

Por algum tempo gostaria que alguém jogasse a corda e me tirasse de lá, mas com o tempo, com meu corpo quase todo engolido, percebo que mais uma vez serei eu a responsável por me salvar.
Em meus cantos sigo cantarolando minhas músicas, sonhando meus sonhos, temendo meus medos e amando sozinha. Continuo caminhando, fazendo meu caminho, fazendo minhas curvas... continuo meu caminho.

As pessoas  passam por mim, eu as vejo superficialmente e elas vêm somente a sombra do que sou.
Ouço a música ela mente pra mim e eu acredito. Vejo as luzes dos carros e elas me confundem. Estou confusa. Continuo meu caminho.

Alguém se aproxima, fico forte e  estou pronta para lutar com ela. Então ela passa por mim e continua seu caminho.
Penso na vida. Corro, corro e tudo que sai de mim é suor. As lembranças ficam, a solidão fica,  o amor fica e eu também fico.

Continuo meu caminho e a estrada é longa e onde está você? 

RUN, DONNA MARIA, RUN.