sexta-feira, março 21, 2008

Mercedez ... O ônibus.


Well, well, well. Século XXI, o início... Tudo é muito previsível. Talvez a humanidade seja previsível, ou talvez esse o enredo já esteja no fim mesmo.

Minha mente piro cada ( segundo o word, é assim que se escreve!) pira nesse início de século e o medo, a pior das sensações pode virar um sentimento assombroso, de covardia, impotência e frustração.Embora esse não seja o meu caso, muita gente acha que é,mas o fato é que só tenho medo de não sentir mais nada, nem medo.

Era um ônibus lotado, daquela gente esperançosa sem ter com o que se divertir, a não ser uma cerveja barata e uma trepadinha mais a noite, logo após o jornal nacional. Eu me sentia um peixe enlatado, mas não pelo odor de suor das 18h tampouco pelas 360 pessoas a mais dentro daquele ônibus. Me sentia sufocada, apertada... Por que mais uma vez me deixei levar pelo medo, pelas circunstâncias, pela fraqueza...

Quantas pessoas dentro daquela lata da Mercedes se sentiam como eu? Quantas? A verdade? Não me interessa nem um pouco.

Ah! Mercedes, um enlatado , que leva almas para cima e para baixo, para lá e para cá. Almas infortunadas, alma afortunadas. Almas desesperadas, almas sossegadas. “Quanto a você senhora, qual é o seu destino”? “Essa linha é a que você necessita”?

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